O queijo mais rápido e simples de fazer com certeza é a ricota, e você pode fazê-la agora mesmo na sua casa, com apenas três ingredientes: leite, sal (ou mel) e vinagre. Talvez precise de um termômetro culinário, mas não é indispensável.

Caso você queira fazer sem sal, não tem problema... a receita funciona do mesmo jeito. Nesse caso você faré um tradicional queijo catalão chamado MATO, adoçado com mel.
A vantagem dessa receita é a textura obtida. Diferente da ricota encontrada no mercado, essa fica muito mais leve e além disso, sem qualquer agente químico desconhecido. Para quem faz dieta e se preocupa com a saúde é um coringa para o café da manhã. Você também pode usá-lo como base para outras receitas como um pudim salgado com tartufo que disponibilizarei em breve aqui no blog. 



Ricota Caseira

Rendimento: aprox. 250g
Porção de 50g: 81cal; 6g gordura; 6g proteína.


Ingredientes:
  •  1 litro de leite de saquinho (não funciona com leite UHT)
  •  30 ml de vinagre de vinho branco
  •  5gr de sal ou mel para adoçar no final

Utensílios:
  • Panela alta
  • Pano de prato (exclusivo para esse fim)
  • Peneira grande

Modo de preparo:
  • Em uma panela alta, verter o leite e adicionar sal (opcional). 
  • Aquecer até a temperatura de 92ºC (ou até iniciar a fervura). 
  • Desligar o fogo e adicionar o vinagre mexendo rapidamente e por apenas 3 segundos. Se você mexer muito nesta fase, o leite não coagulará corretamente.
  • Deixar a mistura esfriar até 36ºC (ou temperatura do corpo) ainda na panela, coberta com um pano limpo.
  • Verter com cuidado o conteúdo sobre a peneira coberta com o pano de prato (como um coador de café de pano).
  •  Cobrir a superfície da ricota com as pontas do pano de prato fazendo um "pacote" e levar à geladeira por duas horas.
  • Descartar o soro e remover a ricota da peneira usando uma colher.
  • Conservar em pote na geladeira por até 3 dias.

Ricota Caseira para fazer AGORA!

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Que o sal é indispensável na cozinha, todo mundo já sabe. Mas nem todo mundo sabe que além de destacar o sabor dos alimentos, ele também é importante para o funcionamento do nosso corpo.Ele é nossa principal fonte de sódio, componente do plasma sanguíneo, fluído linfático, líquido extracelular e líquido amniótico; favorece o equilíbrio dos líquidos internos e externos das células; ajuda o cérebro a enviar impulsos elétricos aos músculos para que eles se movam e ainda influencia os receptores de serotonina. Sem potássio e sódio, nenhum pensamento seria possível. O baixo nível de sódio pode inibir a absorção de serotonina causando mudança de humor e de apetite.

O sal também é usado como conservante alimentar, pois as bactérias não conseguem se proliferar num ambiente rico em sal, mas a razão pela qual é visto como um produto nocivo a saúde é por que "engrossa" o sangue e aumenta a pressão sanguínea. A maior parte do excesso de sódio na dieta ocidental provém dos alimentos industrializados, que tem quantidades maiores de sal para conservação (além de outras inúmeras substâncias químicas), além de que utiliza-se o sal refinado e polido que perde grande parte dos oligoelementos indispensáveis para nossa nutrição. Esse sal também é misturado com várias substâncias antiaglomerantes, impedindo que os grãos de sal grudem entre si. O sal comum é tão refinado que sua composição é quase totalmente de cloreto de sódio. O iodo é adicionado posteriormente apenas por que foi "lavado" do sal natural, mas alguns especialistas acreditam que essa dose extra de iodo pode ser prejudicial a nossa saúde também.

O consumo exclusivo do sal refinado (pobre em nutrientes) acarreta uma série de problemas: fatiga do órgão excretor, aumento do ácido úrico causando artrite, artrose, pedras nos rins e cálculos biliares e também danos exteriores visíveis, como celulite e vermelhidão e também envelhecimento prematuro e rigidez mental e muscular. Já que o sal refinado é prejudicial mas é necessário, o ideal é substitui-lo pelo sal in natura que atualmente está disponível no mercado e é bem mais fácil encontrar.

Existem vários tipos de sal na natureza, além dos aromatizados com ervas que podem ser feitos em casa. Eles se diferenciam na cor, sabor e consistência, mas também se distinguem pelos níveis de sódio e minerais. São definidos por dois tipos principais:

    •    sal marinho - obtido através da evaporação da água do mar ou outras fontes aquíferas ricas em minerais.
    •    sal gema ou rocha - obtido de minas subterrâneas que um dia foram lagos ou mares que secaram.

O sal marinho integral é obtido dos mares e lagos da superfície e é constituído na maior parte de cloreto de sódio. Todavia, dependendo do lugar onde é produzido, pode conter diferentes quantidades de potássio, ferro e zinco. Quanto mais escuro, maior é a concentração de impurezas e substâncias nutritivas. O problema é que nos dias de hoje a água dos mares podem conter traços de metais pesados, o que o torna menos saudável. O sabor também é favorecido pela presença de minerais e outras impurezas.

A flor de sal é um produto do sal marinho. Ele é coletado a mão (com a ajuda de uma espécie de peneira) diariamente nos meses mais secos e quentes do ano. Essa condição climática propicia a formação de uma "nata" na superfície da salina, e que se não for colhida vai ficando pesada e afunda se transformando em sal comum. É um sal particularmente doce e cristalino.

O sal gema ou sal grosso, encontrado em minas é encontrado em forma de cristais, rochas, crostas ou estalactites. Ele é subterrâneo e pode ser encontrados em todo o mundo. O fato de estar em contato direto com o solo distinto de cada região, confere cor e nutrientes específicos a cada um.

Os sais do Mundo

 

Sal Celta com lavanda e raspas de laranja (esquerda) e Sal Rosa do Himalaia.
 SAL ROSA DO HIMALAIA
É o mais famoso e conhecido devido a sua pureza. Colhido de uma formação cristalina de 250 milhões de anos na cidade de Khewra no Paquistão. É a maior mina do mundo.
Rico em minerais, é o mais completo do mundo e é utilizado por muitos chefes de cozinha para marinar e preparar carnes, peixes e verduras, além de servir como decoração. É utilizado  principalmente por suas propriedades desintoxicantes. É composto com 84 oligoelementos necessários na nossa nutrição, e pequenas quantidades de cálcio, ferro, potássio e magnésio mas menos sódio que o sal comum. Também contém traços de óxido de ferro que lhe confere a cor rosa. Tem um leve efeito laxativo porém não retém líquidos no nosso corpo.

SAL AZUL DA PÉRSIA
Proveniente das minas milenares do Irã e de cor azul devido a silvinita, um mineral que normalmente apresenta uma cor amarela ou rosa e raramente chega ao tom azulado, se caracteriza por um retrogosto picante, salgado intenso mas pouco persistente. Moído na hora, é utilizado como sal comum para condimentar todo tipo de prato ou decorá-lo. É muito raro e rico em potássio e cloro.

SAL CINZA DE GUÉRANDE ou SAL CELTA
Sal antigo e com uma longa história, é colhido de modo artesanal segundo o método celta utilizando-se um utensílio de madeira ao invés de metal, para não alterar sua pureza. Produzido em "labirintos" construídos com argila ao longo da costa atlântica francesa, que se deposita no fundo da salina e lhe confere o tom acinzentando. É muito popular na França e é bastante úmido.
Ao ponto de vista nutricional, em contraponto ao sal marinho tradicional, é mais rico em minerais e pobre em sódio, inclusive magnésio que influencia na coloração. Tem sabor rico e parecido com de trufas, não é muito salgado e pode ser usado cotidianamente em pratos como peixes justamente por seu retrogosto delicado. É excelente para a preparação de verduras cozidas.

SAL DA BRETANHA
É similar ao sal de Guérande.

SAL VERMELHO DO HAVAI
Conhecido como ALAEA, é o sal tradicional havaiano. Recebe esse nome por causa de um mineral presente na argila vermelha de origem vulcânica. Durante a evaporação, a argila enriquece o sal com ferro, conferindo a coloração característica e sabor ferroso, lembrando amêndoas tostadas. Tem cerca de cinco vezes a quantidade de ferro que o sal comum. Os nativos das ilhas usam para temperar pratos típicos e acompanha carnes e peixes assados ou grelhados. Na cozinha internacional é utilizado em carne de coelho e porco, além de sopas e risotos. É considerado mágico e precioso, sendo utilizado em oferendas nos rituais locais.

SAL NEGRO DO HAVAI
Proveniente da ilha de Molokai é extraído a mão e misturado com lava vulcânica purificada e carvão natural que o enriquecem de minerais. Tem propriedade desintoxicante e é utilizado na preparação de carnes brancas e ovos além de elemento decorativo.

Sal com trufas brancas (esquerda) e Sal Negro do Chipre (direita e colher)
SAL NEGRO DO CHIPRE
Dos lagos salgados de Lárnaca e Limassol na ilha de Chipre. Esses lagos tem alta concentração salina devido a proximidade ao mar. Tem um grande poder absorvente que é explorado no tratamento de doenças intestinais, intoxicações e envenenamento. As "flores" tem forma piramidal, a princípio brancos e depois coloridos de preto graças a adição do carvão ativado obtido pela combustão da casca de bétula, salgueiro e tília. O gosto é bastante delicado, sem amargura e perfeito para usar no carpaccio ou carnes muito mal passadas, tanto para conferir o visual impactante e pela crocância que mantém.

SAL DE TRAPANI
Produzido em salinas ao longo da famosa "Via del Sale" na Sicília, que liga Trapani a Marsala. Nesta região, o sal é chamado ainda hoje de "ouro branco" por ser: bom para curar a carne e o peixe, curtir a pele assim como expulsar os demônios. Talvez sua coloração branca com reflexos prateados sejam responsáveis pelo apelido. Rico em magnésio e potássio e pequena quantidade de cloreto de sódio, é ideal para finalizações, carnes, frutos do mar, molhos e sopas.

SAL DE CAMARGUE (FLOR DE SAL)
É um sal grosso raro e valioso. De coloração branca, é chamado de "o caviar dos sais". É apreciado pelos melhores chefes do mundo que o utilizam para agregar sabor às saladas, cogumelos, sopas, carnes e peixes. Sabor delicado, poder de salga reduzido e é hipossódico (menor teor de sódio). Perfeito para ser utilizado como decoração em coquetéis.

SAL DO RIO MURRAY
Ele é encontrado no grande rio australiano do qual recebe o nome e deve sua tênue cor de rosa pálido ao teor de caroteno de algumas algas ali localizadas. Ele vem pequenos flocos de sabor delicado, que vai muito bem com assados ou cozidos no forno.

FLOR DE SAL DE ALGARVE
Originário da costa Portuguesa, é produzido da mesma maneira desde os tempos do Império Romano. As flores de sal são colhidas à mão diariamente são naturalmente branquíssimas e se mantém bastante úmido. Perfume intenso de mar.

SAL DE MALDON
Amadíssimo pelos chefes, é constituído de grãos muito frágeis e delicados. Utilizado para finalizações e para exaltar o sabor dos pratos. Proveniente da Inglaterra, não é recolhido todos os anos pois necessita de condições climáticas apropriadas. Sua principal característica é a forma de minúsculas pirâmides e por isso não se dissolve imediatamente na boca, interagindo melhor com a comida. É perfeito para receitas que pedem uma crosta de sal.

SAL INDIANO KALA NAMAK
O sal gema de origem vulcânica é também conhecido como sal negro indiano, o que é um erro, já que sua cor varia entre o roxo e o cinza escuro. A presença de sulfureto de ferro dá o tom roxo escuro e sais de enxofre são responsáveis pelo odor característico que remete à ovos cozidos e sabor ligeiramente amargo. É o queridinho dos veganos pois simula ovos cozidos quando misturado a tofu picado e açafrão. Essa mistura também pode ser utilizada como base para outras receitas como salada de batata. Na tradição Ayurvédica é utilizada como digestivo, azia e para controlar o inchaço.

SAL BOLIVIANO MIRROIR
Outro sal de coloração rosa, porém mais alaranjada do que o sal do Hymalaia. Colhido nos andes bolivianos numa altitude de 3.700 metros, é um sal difícil de encontrar no mercado. Seu nome se deve ao efeito de espelho da salina. Tem alta concentração de minerais e sabor frutado. Vai muito bem em saladas e verduras.

SAL JAPONÊS AGUNI NO SHIO
Ele é proveniente da ilha de Okinawa e extraído a partir da filtragem por galhos de bambu. A água do mar é borrifada sobre os galhos onde se concentram os grãos de sal. Quando atingem certo volume, esse sal é fervido e depois seco. Tem gosto agradável e suave. Oferece propriedades neutralizantes aos efeitos do consumo excessivo de cafeína.

SAL NEOZELANDENSE
A partir das puras águas do oceano ao sul da Nova Zelândia, é obtido através de evaporação pelo sol e vento. Procurado por chefs devido ao seu sabor delicado e estrutura cristalina. Não recebe nenhum tratamento químico ou físico e é certificado como 100% orgânico. Formado por cristais porosos, se dissolve rapidamente e pode ser utilizado com outras especiarias.

SAL SUGPO ASIN
Este sal recebe o nome dos camarões sugpo que são criados nessas águas durante 6 meses do ano, exigindo muito cuidado e manutenção das lagoas de retenção. O caroteno eliminado pelas cascas dos camarões confere ao sal um tom cor-de-rosa pálido. Seu efeito único ao paladar deriva de uma rara combinação de flocos de flor de sal e cristais geométricos. Um sal suave e crocante, levemente doce que harmoniza com tomates frescos, cebolas e frutas tropicais como a manga. Particularmente eficaz em todos os frutos do mar, carne de caça, cordeiro e carnes.

SAL DEFUMADO VIKING
Por métodos tradicionais vikings, esse sal dinamarques é defumado com madeira de zimbro, cereja, ulmeiro, faia e carvalho. Sabor intenso de fumaça, levemente doce e com retrogosto persistente. Muito bom para finalizações e frutos do mar, porco, aves e legumes.

SAL DEFUMADO DURANGO
Naturalmente defumado sobre madeira de castanheira não tratada, muito comum na cozinha do sul dos Estados Unidos. Este sal é perfeito para esfregar em costelas, hamburgueres, frango, carne vermelha, ou qualquer outra coisa que possa ser grelhada numa churrasqueira.

Ai, meus sais!

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Se aquecermos a água até seu ponto de ebulição, ela se transforma em vapor. Este processo físico é familiar e usado em muitos processos na cozinha. Mas nem todos os líquidos se comportam desta maneira, mas os óleos são uma exceção importante. Todos os óleos são compostos por misturas de diferentes triglicerídeos constituídos por uma molécula de glicerol ligado a três ácidos graxos.

O processo culinário que coloca em prova a estabilidade de um óleo é a fritura. Quando se aquece o óleo a alta temperatura, a exposição ao oxigênio e a presença do alimento pode desencadear um processo de degradação oxidando e formando substâncias nocivas. Quanto mais alta é a temperatura, mais rápida é a oxidação. A utilização prolongada também pode degradar significativamente um óleo, e esta é a razão por que o óleo de uma fritadeira deve ser completamente trocado periodicamente, e não reutilizado.

Os óleos com composição química diferente, oxidam de maneira diferente. Aqueles ricos em gorduras poliinsaturadas, como o óleo de milho ou de soja, se degradam mais rapidamente do que aqueles ricos em gorduras monoinsaturadas, como azeite de oliva, nozes ou amendoim, compostos principalmente de ácido oleico. No azeite extra virgem, não purificado, contém moléculas que atuam como antioxidantes atrasando a degradação. Os mais estáveis são os óleos que contém muita gordura saturada, como azeite de dendê ou banha de porco. Mas seu uso deve ser limitado porque o consumo excessivo pode trazer consequências negativas para a saúde. Quando se aquece um óleo a uma determinada temperatura, ele começa a produzir a fumaça bem antes de começar a ferver. A esta temperatura, chamada de "ponto de fumo", a glicerina se separada dos ácidos graxos e produz gases tóxicos contendo substâncias nocivas, tais como a acroleína .

A temperatura normal de fritura é de cerca de 180°C. Em temperaturas mais baixas a comida absorve mais óleo, enquanto que em temperaturas mais elevadas podem queimar rapidamente. Por isso é importante que o óleo escolhido tenha um ponto de fumo bem acima da temperatura de fritura. Costuma-se dizer que o azeite de oliva extra virgem tem um ponto de fumo elevado, mas isso não é absolutamente verdade. Em geral, quanto mais refinado o óleo for, menos substâncias que não sejam triglicerídeos terá, e maior ser seu ponto de fumo. As impurezas do óleo que mais afetam o seu ponto de fumo são os ácidos graxos livres, não ligados à glicerina. A refinação a que estão sujeitos, tal como o óleo de canola, reduz a quantidade de ácidos graxos livres e outras impurezas aumentando o ponto de fumo. O óleo de canola começa a fumar apenas a 240°C, uma temperatura muito mais alta do que a de uma fritura comum.

O azeite extra virgem é obtido pela extração mecânica, sem qualquer refinamento. Por esta razão, contém uma pequena quantidade de ácidos graxos livres e uma série de outras impurezas, o que pode reduzir significativamente o ponto de fumo. No entanto, é impossível defini-lo de uma vez por todas: dois azeites produzidos em diferentes áreas e diferentes variedades de azeitonas podem ter uma acidez e um ponto de fumo muito diferente. Se a acidez é baixa, o ponto de fumo pode ser superior a 190°C: suficiente para fritar a temperaturas não muito elevadas. Se a acidez é alta, o ponto de fumo pode acontecer à 180°C e em seguida torná-lo impróprio para fritar. (Nota-se que na rede encontra-se tabelas de pontos de fumo totalmente sem sentido)

Em outras palavras, sem conhecer as características de azeite de oliva extra virgem que você usa é difícil prever como ele irá se comportar na fritura.

Infelizmente, a acidez do azeite extra virgem não pode ser sentida na boca e não deve ser confundida com o típico "formigamento" causado pelos polifenóis, importantes moléculas antioxidantes que tornam o óleo mais estável em fritura prolongada. Alternativamente, você pode usar o óleo de amendoim, cujo ponto de fumaça supera os 210°C.

Texto traduzido do blog Scienza in Cucina

Aquecendo óleos e azeites

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Meu primeiro contato com uma Moka foi no mínimo engraçado, e logo de cara aprendi a principal regra dessa cafeteira italiana: Não pode lavar com detergente!, e aprendi levando uma bronca do meu roomie que me encontrou na pia esfregando uma Bialetti.

Sim, quando você chega na Itália a primeira coisa que pensa é: esse pessoal não gosta muito de arear alumínio como nós, então farei esse serviço! Nove entre dez casas italianas tem uma Moka, as vezes duas ou três, depende de quantas pessoas moram alí. Apartamentos mobiliados para aluguel também já vem com cafeteira inclusa. Pode não ter panela, tábua de corte ou faca de chef, mas cafeteira sempre tem!

Não sou especialista mas é fato que café feito na Moka tem sabor, corpo e cor diferente. Ele é consistente, persistente e ... forte! Assim como o expresso que se toma nos bares pela Itália, a medida individual é pequena mas a qualidade enorme.

Além da regra número 1: não utilizar sabão ou esponja abrasiva, existem outras coisas que não podem ser esquecidas para atingir a perfeição na tiragem do café, então vamos lá:

 10 regras para fazer café na Moka


1. Não lave a moka com detergente, apenas com água. Depois de um tempo vai se formar umas crostas de calcário, deixe-a de molho em água e vinagre, depois enxágue.

2. Escolha uma boa mistura de café e conserve num pote hermético. Para manter o aroma, mantenha na geladeira. Utilize café moído especificamente para moka. Ele é mais grosso que o consumido no Brasil. O pó pode passar junto com a água e acumular no fundo da xícara.

3. Utilize apenas água fria e pouco calcária, se possível.

4. Encha a parte de baixo com água até a válvula. Se colocar acima dela, terá um café mais fraco.
5. Não aperte demais o pó de café, pois a água precisa passar com facilidade por ele. Faça formar uma pequena "colina" quando preencher o filtro e feche.

6. Aperte bem a sua cafeteira.
 
7. Fogo baixo e tampa aberta.

8. Em Nápoles, existe uma outra regra: tampa aberta e uma colher voltada para baixo, tampando a saída de café.

9. Assim que o café começar a subir, desligue o fogo e deixe sair o resto naturalmente. O café perfeito sai em torno de 60ºC, quanto mais alta a temperatura, mais terá sabor de queimado.

10. Antes de servir, misture o café com uma colher, para deixar o líquido homogêneo.


Fazer café na Moka para os convidados é divertido e dá um toque de informalidade, mas tomara que ninguém fique receoso com o acúmulo de café nas arestas da cafeteira! :D

10 Regras para fazer café na Moka!

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